Um país emergente que pode nos próximos anos se tornar uma das 5 maiores potências econômicas do mundo, que cresce em sintonia com China e Índia e que já consome mais do que é possível encontrar, despertando o velho mostro da inflação.
Neste cenário estão pessoas com maior acesso a educação, que buscam ascensão profissional que já consumiam, mas que podem consumir muito mais sem que a inadimplência bata a porta.
Um país com empresas que lutam muito para cumprir suas obrigações com Estado e ainda batalham com a sua concorrência, e por isso precisam de todo o amparo para que possam se ampliar diante de uma demanda feroz.
E para este cenário que a categoria de Bancos se comunica:
-Emocione: Ao passo que a decisão por um banco pode parecer inteiramente ligada a atributos racionais, e fato que todos os bancos focam mais os aspectos emocionais. E isso faz sentido quando vemos que o objetivo é mostrar que com o Banco novas conquistas podem ser alcançadas por este Brasileiro que, devido ao bom momento econômico, pode alçar novos sonhos seja este o primeiro computador ou até o empréstimo para ampliação de um negócio.
Na comunicação de Bancos com posicionamentos diferentes vemos semelhanças que exemplificam: Banco do Brasil - “Abrace seus sonhos” x Itaú Unibanco “Feito pra você sonhar”.
-Brasileiro com muito Orgulho: Os bancos estatais destacam a diversidade étnica e regional do país. Caixa Econômica Federal e principalmente o Banco do Brasil enfatizam que são esses, diferentes brasileiros, seus funcionários e que este é uma dos motivos para o banco ser “todo seu” pois ele “acredita nas pessoas que fazem este país”.
O Itaú também se preocupa em falar sobre seus funcionários, mas o enfoque é de parabenizá-los e de divulgar que todos são empenhados em oferecer os melhores serviços.
-Os vários Davis e os poucos Golias: Empréstimos para pequenas e médias empresas ampliarem novos negócios, para pessoas comprarem o seu primeiro carro, o crédito imobiliário para uma nova casa, são em momentos assim que o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander querem ser lembrados pois em suas peças há sempre uma preocupação com este tipo de serviço que pode ajudar as pessoas a alcançarem as novas conquistas e que isso sempre poderá ajudar o Brasil a crescer.
Estes bancos focam neste público vislumbrando o alto poder de consumo e crescimento dessa nova classe média, e de pequenas e médias empresas. Estes bancos querem comunicar que podem sim apoiar e serem os parceiros ideais para novas conquistas.
-Tecnologia com pulso: Há sim uma preocupação em tangibilizar ao cliente que o Banco se preocupa com a tecnologia já que seria complicado explicar determinados termos técnicos e como eles podem melhorar os serviços. Nas peças o propósito é representar principalmente de forma ilustrativa utilizando equipamentos que remetam a tecnologia como IPAD ou telas holográficas que surgem em meio ao ar.
O Itaú parece se preocupar mais em dialogar sobre isso, inclusive falando que busca uma “tecnologia mais humana”, e por ser um atributo tão importante para um banco é possível que este seja um diferencial.
-Do Oiapoque ao Chuí: Banco do Brasil, Bradesco e Caixa estão comunicam que estão presentes em todos os municípios, mas para o Bradesco isso faz parte do seu posicionamento ser um banco presente em todos os lugares seja através uma agência bancária, atendimento via telefone ou internet. Este fator se torna uma vantagem para o Bradesco, mas para todos pode ser um viés crítico, pois quando temos um grande estrutura as chances de perda de qualidade são maiores o que pode gerar um ruído entre divulgar serviços, mas não entregá-los.
-Exclusividade: Todos os bancos têm atendimento exclusivo para empresas e pessoas, mas o Itaú, HSBC e principalmente o CITIBANK têm uma maior preocupação em falar sobre exclusividade. O Itaú procura expor este aspecto para diferentes públicos dizendo que “aqui você é a estrela”, mas o HSBC e o CITIBANK podem ser mais assertivos, pois o conceito e trabalhado sob um olhar mundial, onde o HSBC se orgulha em ser um “banco local do mundo” e o CITIBANK de oferecer “a mesma qualidade de atendimento” em qualquer lugar do globo.
-Sustentabilidade e Responsabilidade Social: Um assunto clássico para todas as categorias de produtos e serviços. No entanto embora todos os bancos tenham os seus projetos, o Santander tem como posicionamento “valorizar idéias por uma vida melhor” e isso tanto é utilizado para pedir a seus clientes que ajudem a melhorar o atendimento quanto a que eles se sintam motivados e acreditem que podem ter também a sua atitude sustentável e responsável. O Santander abre o diálogo informando o que faz, mas sempre chama o público para vir junto, e em um tema que já tão desgastado isso pode fazer diferença.
O Itaú em sua atual campanha trabalha mais este aspecto quando se pergunta “Qual é o papel de um banco em uma sociedade em transformação?”
Eu acredito que emocionar nesta categoria é fundamental, principalmente porque o Brasileiro se orgulha cada vez mais de suas conquistas, mas ainda sim precisa de auxílio para alcançá-las, mas a comunicação precisa ter sensibilidade pra distinguir públicos que aparentemente podem ter os mesmos valores e necessidades. Em um divórcio uma pessoa pode precisar de um carro novo enquanto a outra de um imóvel.
É preciso estar presente, mas atento a qualidade dessa presença, dispor de uma tecnologia que seja simples de explicar e que facilite a vida das pessoas. É preciso querer que juntos banco e cliente alcancem novas conquistas.